sexta-feira, 30 de abril de 2010

Perdão - A chave para o sucesso.

Pr. Josué Gonçalves.


 TEXTO BASE: Mt 18:23-35 e Lc 7:47


I - INTRODUÇÃO

Assim como o perdão de Deus para o homem é peça fundamental no plano da redenção, a disciplina do perdão deve estar bem no centro de nosso viver cristão.

A verdade é que não temos problemas com o conceito; é fácil falar sobre o perdão. Praticar é que é difícil, já que nossos referenciais e padrões de justiça são muito diferentes dos de Deus.

É comum guardarmos ressentimentos justificáveis, ou seja, segundo nossa ótica humana falha, estamos "cobertos de razão" em não perdoar, pois o que fizeram conosco é "imperdoável".

Em outras ocasiões ficamos procurando sinais verdadeiros de arrependimento nas pessoas para que então possamos "do alto da nossa magnificência", liberar o perdão para elas. Freqüentemente relembramos aos outros da necessidade de arrependimento antes que lhes perdoemos.

Desse modo muitas vezes somos farisaicos e rápidos em achar faltas, mas tardios em reconhecer que também somos falhos, também precisamos ser perdoados, e só somos o que somos porque um dia Deus nos perdoou através do sacrifício de Jesus Cristo.

Hoje é dia de sermos completamente curados e libertos de todos os ressentimentos e de todas as barreiras que a falta de perdão têm gerado em nossos relacionamentos, e tomarmos posse desse fruto poderoso do Espírito Santo em nossas vidas, que nos faz perdoados e perdoadores.

II - O QUE É O PERDÃO?

Perdoar significa conceder a remissão de qualquer ofensa ou dívida, gerada por falta ou transgressão e desistir de qualquer reivindicação, ou seja, liberar o ofensor de qualquer obrigação proveniente de sua falta.

Devemos conceder o perdão livremente, não extraindo ou esperando nenhum pagamento por ele. Uma atitude muito comum é condicionar o perdão a um determinado posicionamento ou retribuição, ou seja, é a famosa "chantagem emocional":

- "Eu te perdôo, mas você vai ter que dar algo em troca..."

Devemos desistir de qualquer reivindicação e liberar de vez o ofensor a fim de os dois possam ser livres.

Deus nos concede perdão livremente, pois Jesus pagou o preço na cruz do Calvário. Assim também nós devemos perdoar segundo o padrão que Ele estabeleceu.

Em todo o ensinamento de Jesus vemos presentes as lições sobre o perdão, que estabelecem um princípio espiritual muito importante que deve reger nossas vidas, não só a conjugal, mas todas as áreas: se perdoamos, somos perdoados (Mt. 6:14 e 15), pois Deus só pode nos perdoar na medida em que estamos dispostos a perdoar os outros.

III - CONSEQÜÊNCIAS DA FALTA DE PERDÃO

Seguir na direção contrária do plano e da vontade de Deus, fatalmente nos leva a um caminho de derrota e destruição. Com o perdão não é diferente. A Palavra nos mostra que a falta de perdão nos mantém em escravidão, debaixo do jugo do inimigo. Se o perdão revela a presença do Espírito Santo em nós, a falta deste abre uma grande brecha para Satanás operar. Vejamos então suas conseqüências:

* Quando retemos o perdão para aqueles que nos magoaram e feriram, somos entregues aos atormentadores, conforme nos revela o texto de Mt 18:34. Por isso muitos relacionamentos não prosperam, já que existem demônios que estão habilitados a trazer a contenda e a discórdia pela falta de perdão entre os cônjuges. Freqüentemente a falta de perdão é a base para formação de fortalezas demoníacas;

* Uma das mais sérias conseqüências da falta de perdão é a amargura, que é o resultado de uma falta de perdão que já dura muito tempo (Heb 12:15). O efeito final da amargura é que muitos serão "contaminados" e se permitirmos que se enraíze, ela certamente:

- Nos destruirá, muitas vezes se manifestando em doenças físicas e emocionais;

- Atingirá outras pessoas;

- Dará a luz outros pecados;

- Endurecerá e esfriará o nosso coração;

- Esmagará o amor e freqüentemente o matará;

* A falta de perdão bloqueia nossa comunhão com Deus. O Senhor Deus nos instruiu a perdoar nossos irmãos antes de orarmos. Para que possamos caminhar em fé, precisamos manter esse tipo de atitude para com os outros, para que também as promessas de Deus não sejam retardadas em nossas vidas (Mt 5:22-26) e nosso próprio perdão não seja bloqueado (Mt 6:14 e 15).


IV - COMO LIBERAR O PERDÃO

A palavra fala a respeito daqueles que nós ofendemos como também daqueles que nos têm ofendido. Portanto a falta de perdão afeta tanto ao que se recusa a perdoar, como ao não perdoado.

Devemos seguir uma regra simples:

* Se nós ofendemos - devemos iniciar o processo de perdão;

* Se nós fomos os ofendidos - também devemos inicia-lo.

O justificar-se apenas perpetua o pecado e mantém a separação entre as duas pessoas. Geralmente julgamos as outras pessoas pelas ações, mas nós mesmos pelas intenções. Enquanto queremos julgamento para os outros, desejamos misericórdia para nós.

Devemos seguir os padrões bíblicos para o perdão:

* O arrependimento de nosso cônjuge (ou de qualquer outra pessoa) não é necessário para que haja o perdão. Perdoar libera o ofensor para que ele se arrependa (Rm 2:4). Tanto o Senhor Jesus (Lc 23:34) como Estevão (At 7:60), perdoaram seus executores enquanto estavam sendo mortos, mesmo quando não havia nenhum sinal de arrependimento por parte daqueles;

* Não há limites para o número de vezes que devemos perdoar (Mt 18:22). O amor não mantém o registro de erros, mas cobre multidão de pecados (I Pe 4:8) e é paciente (I Co 13:4);

* Se o seu cônjuge estiver repetindo o mesmo pecado perdoe-o como Deus perdoa (Is 43:25). O Senhor não se lembra de um pecado perdoado. Quando perdoamos de verdade não relembramos os pecados passados. Esquecer significa não ficar pensando no assunto. Cada nova mágoa é como se nunca tivesse acontecido antes. Nunca mencione novamente uma mágoa que já havia sido perdoada (não levante defuntos da cova...!!!);

* Muitos erram por não entender que o perdão é um ato da vontade e não um sentimento. Precisamos decidir perdoar e os nossos sentimentos seguirão essa decisão. Devemos fazer com que nossa vontade concorde com a vontade de Deus e procurarmos ser orientados pelo Espírito Santo. Somente através do coração amoroso e compassivo dEle seremos capazes de perdoar aos nossos devedores, pois os veremos como Ele os vê. Nossos sentimentos de dor e raiva serão sobrepujados pelo grande amor de Deus por aqueles que nos feriram;

* Segundo a palavra de Pv 17:9 não devemos falar aos outros a respeito da mágoa que sofremos. Muitas vezes isso acontece nas situações em que se compartilha o acontecido, somente para obter simpatia e compreensão dos outros, expondo o cônjuge e a situação permitindo que outros interfiram;

* Deus não categoriza os pecados como grandes e pequenos. Não podemos justificar o nosso pequeno pecado de justiça própria, por causa do grande pecado de nosso cônjuge. Para Deus pecado é pecado (Rm 3:23). Quando caminhamos em julgamento, freqüentemente, nos tornamos iguais àqueles a quem julgamos. Devemos examinar a nós mesmos e não o nosso cônjuge (Lc 6:37);

Muitos justificam sua falta de posicionamento por sua "incapacidade" de perdoar:

- "Por mais que eu tente não consigo esquecer o que ele me fez..."

Quando se diz "não posso perdoar" na verdade isso significa "não quero perdoar". Isso não é possível pela capacidade humana, mas somente através do poder de Deus, pois nEle não há obstáculos para o perdão. Somente com Sua natureza habitando em nós seremos capazes de perdoar e confiar novamente.

V - CONCLUSÃO

"Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus em Cristo vos perdoou." - Ef 4:32

Antes de podermos perdoar aos outros, freqüentemente precisamos perdoar a nós mesmos, tendo consciência da obra da cruz e do perdão do Senhor sobre as nossas vidas. Se não perdoamos, nos mantemos numa posição superior à do Senhor, cheios de orgulho e arrogância, pois se Ele sendo Deus pode nos perdoar, por que não podemos perdoar ao nosso próximo?

Não podemos nos esquecer que logo após a queda, homem e mulher ergueram uma barreira entre si, permitindo que a acusação encontrasse lugar no relacionamento. Não podemos permitir nem mesmo pequenas áreas de falta de perdão em nosso casamento, e nem que o inimigo reconstrua a "parede" da falta de perdão.

Jesus veio para destruir toda separação entre nós e Deus, e conseqüentemente, entre nós e o nosso próximo (Mt 27:51).

Vimos nessa ministração aspectos práticos sobre a disciplina do perdão, que seguiremos a partir de hoje, para o crescimento e cura dos nossos casamentos:

- Reconhecer que o perdão é um ato da vontade e não um sentimento;

- Pedir a Deus que nos mostre como Ele vê o ofensor;

- Permitir que a Sua compaixão flua dentro de nós;

- Escolher fazê-lo, ser obediente;

- Não se lembrar mais da mágoa perdoada (não ficar pensando nela);

- Declarar palavras que sejam opostas ao problema;

- Abençoar aqueles a quem perdoamos.



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quarta-feira, 28 de abril de 2010

Barack Obama se encontra com o evangelista Billy Graham.

O Presidente dos EUA vistou o evangelista em sua casa na montanha na Carolina do Norte

Por Rodrigo Ribeiro Rodrigues27/04/2010

O Presidente dos EUA, Barack Obama, visitou Billy Graham em sua casa na montanha, na Carolina do Norte, pela primeira vez no último domingo (25).

Durante a reunião de meia hora, os dois conversaram sobre uma variedade de assuntos durante o café, entre eles: suas esposas, golfe e Chicago, de acordo com o porta-voz de Graham, Larry Ross.

Os dois concluíram a conversa orando um pelo outro, e Graham deu ainda ao Presidente duas Bíblias, uma para ele e outra para a primeira-dama – Michelle Obama.

"Estou satisfeito por ter o presidente Obama em minha casa esta tarde", disse o evangelista, em um comunicado. "Ele pediu um encontro desde que ele foi passar o fim de semana perto de Asheville".

Obama estava querendo encontrar Graham há algum tempo, mas uma agenda movimentada e outras situações atrasaram a reunião até este último domingo.

Os dois tinham planejado se reunir em outubro de 2008, enquanto Obama ainda estava na campanha eleitoral, mas a saúde debilitada de Billy Graham impediu o encontro. Obama falou novamente com evangelista novembro passado, quando ele telefonou para desejar um feliz aniversário para Billy Graham.

Franklin Graham, filho de Billy, também agradeceu ao Presidente por ter dito que ele iria apelar da recente decisão de um juiz federal que declarou o Dia Nacional de Oração como inconstitucional. Graham é o co-presidente honorário do Dia Nacional de Oração.

Barack Obama é o décimo segundo Presidente que Graham conheceu pessoalmente durante o seu ministério.

Quem é Billy Graham?

Billy Graham (nome completo: William Franklin Graham Jr) é um pregador batista norte-americano nascido em 7 de Novembro de 1918 em Charlotte, Carolina do Norte. Foi conselheiro espiritual de vários presidentes americanos. Foi ainda o mais proeminente membro da "Convenção Batista Sulista dos EUA".

Graham já pregou pessoalmente para mais pessoas do que qualquer pregador da história ao redor do mundo. De acordo com a sua equipe, a partir de 1993, mais de 2,5 milhões de pessoas tinham "Um passo à frente em suas cruzadas para aceitar Jesus Cristo como seu Salvador pessoal". A partir de 2008, a audiência Graham's lifetime, incluindo rádio e televisão, superou 2,2 bilhões.

Após graduar em Wheaton, Graham foi co-fundador da Youth for Christ (Mocidade para Cristo) junto com o evangelista Charles Templeton. Ele viajou como evangelista por todo os Estados Unidos e Europa levando os ensinamentos cristãos. Graham planejou uma série de missões em Los Angeles em 1949 e as missões levaram 8 semanas, mais do que o planejado que eram 3 semanas. Ele liderou as missões em Londres que duraram 12 semanas, e uma missão na cidade de Nova York na Madison Square Garden em 1957 que durou 16 semanas.

Graham desfrutou de uma reputação privilegiada devido às suas cruzadas serem feitas em lugares onde outros evangelistas consideravam impossível. Durante a Guerra Fria. Ele falava a grandes multidões em países da Europa Oriental e na União Soviética.

Durante o Apartheid, Graham foi constantemente recusado à visitar a África do Sul, até que o governo finalmente permitiu que podessem fazer a cruzada. A primeira cruzada de Graham na África do Sul ocorreu a partir de 1973. Ele usou a cruzada para denunciar o Apartheid ocorrido no mundo.

O evangelista foi um dos poucos pregadores que conseguiram falar na Coreia do Norte. Graham se opôs a segregação racial durante os anos 1960 e pagava fiança de Martin Luther King, sempre quando era preso nas cadeias do sul dos Estados Unidos durante a era dos direitos civis nos anos 1960.

Com informações de Christian Post/ OGalileo/ Enciclopédia Livre

terça-feira, 27 de abril de 2010

Um reino de amigos.


Quatro amigos levaram um paralítico a Jesus, em Cafarnaum.

Que bom que esse homem tinha amigos.

Que bom que eram amigos atentos a qualquer oportunidade de ajudá-lo.

Eram amigos parteiros, que acreditam na possibilidade e provocam-na.

Que bom que eram dos tais que não desistem diante dos obstáculos.

O coração duro dos que já estavam na casa lotada, e que não se abalaram do seu conforto, para que alguém mais necessitado fosse aproximado de Jesus, parecia um obstáculo intransponível.

Que bom que, para esses amigos, uma pedra, no meio do caminho, não era o fim do caminho.

Que bom que sabiam que os dons que recebemos são para o bem do outro, e, imediatamente, se puseram em busca de saída, abriram um buraco em casa alheia.

Que bom que, para eles, o ser humano vale mais do que qualquer patrimônio.

E interromperam o pregador.

Que bom que, para Jesus, atender ao ser humano é mais importante do que terminar o sermão.


E Jesus viu-lhes a fé.

Que bom que Jesus atenta para a fé. E foi a fé dos amigos.

E Jesus perdoou-lhe os pecados.

Que bom que os amigos levaram o seu companheiro a Jesus.

Que bom que Jesus sabe do que a pessoa precisa.

Nem toda doença é fruto do pecado, mas todo pecado adoece o pecador, duma ou doutra forma.

Aquele homem para voltar a andar precisava ser perdoado.

A falta de perdão, sempre, dalguma forma, faz o que precisa de perdão estagnar.

Tem gente que diz perdoar, mas mantém o outro em estado de dívida, não o libera para andar.

Que bom que o perdão de Jesus nos libera para andar, Jesus perdoa e esquece.

Como é bom, quando a gente não tem mais fé, ter quem creia por nós.

Como é bom, quando a gente não consegue mais andar, ter quem nos carregue.

Hans Bürky disse que o Reino de Deus é um reino de amigos.

Foi isso que Jesus veio inaugurar: um reino de amigos. Que a Igreja seja assim!

Texto extraido.
http://logoarinoblog.blogspot.com/

segunda-feira, 26 de abril de 2010

A inveja.

Ricardo Gondim

A inveja é a tristeza com o bem do outro. Nasce quando a excelência alheia é compreendida como diminuição do seu próprio valor. A inveja foi classificada como um dos pecados capitais pela igreja ainda no século IV, mas já constava na narrativa do Gênesis. Motivou o primeiro assassinato: Caim matou Abel porque não tolerou que o favor divino repousasse sobre a oferenda do irmão. Consta nas tábuas dos dez mandamentos que não se deve cobiçar nada do próximo.

A inveja tornou-se motriz de várias tramas literárias. Ninguém a retratou melhor do que William Shakespeare; e Otelo se destaca porque Shakespeare soube descrever como ninguém, os mecanismos que incitam ódio e ciúme a partir da inveja.

Otelo é um general reconhecido por triunfar nas batalhas terrestres e marítimas. Ao assumir a posição de chefe de Estado em Chipre, nomeia Cássio como seu braço direito. Mas suscita a inveja de Iago, que passa a conspirar contra ele. As desavenças que nascem daí e que caracterizam as tragédias shakespeareanas são horrorosas.

Iago destila uma suspeita mortal em Otelo, que o faz acreditar que sua esposa Desdêmona o trai com o tenente Cássio. O conflito entre o amor que o general nutre pela mulher e a desconfiança incitada por Iago leva Otelo a despencar de sua posição de herói. Debilitado psicologicamente, mata a amada, sufocando-a com travesseiros. Declarado assassino, Otelo é destituído do posto de general e sentenciado à prisão. Sem saída, tira a própria vida com um punhal, diante dos representantes do governo veneziano.

José Ingenieros declara que “a inveja é uma adoração dos homens pelas sombras, do mérito pela mediocridade. É o rubor na face sonoramente esbofeteada pela glória alheia. É o grilhão que arrasta os fracassados. É a amargura que toma conta do paladar dos impotentes. É um venenoso humor que emana das feridas abertas pelo desengano da insignificância própria. Mesmo não querendo, padecem desse mal, cedo ou tarde, aqueles que vivem escravos da vaidade; desfilam pálidos de angústia, torvos, envergonhados de sua própria tristeza, sem suspeitar que seu ladrido envolve uma consagração inequívoca do mérito alheio. A inextinguível hostilidade dos néscios foi sempre o pedestal de um monumento”.

Santo Tomás de Aquino dizia que a inveja é pecado mortal (portanto, imperdoável), com inúmeras filhas: “murmuração, detração, ódio, exultação pela adversidade, aflição pela prosperidade”.

A inveja é pior do que o ódio. O ódio não se contem, e devido a sua fúria, sempre age. A inveja por sua vez, cala. Covarde, procura sombras; para semear suspeitas, precisa do cobertor da noite. O invejoso rasteja para não mostrar-se consciente de sua pequenez. Dentro de uma tumba mal iluminada, gera a dúvida. Contenta-se com a desconfiança. Ingeniero afirma que o invejoso “sem coragem para ser assassino, resigna-se a ser vil”.

Salieri não admite que Amadeus tenha tanto talento. Constata que Mozart é um pecador desprezível e debochado, mas melhor do que ele. Salieri o encara como adversário. Incapaz de celebrar o dom que possui, passa a negá-lo no outro. Os Mozarts da vida precisam ser destruídos, mas os Salieris não serão os algozes. Como vermes, esperam a morte para finalmente festejarem a derrocada de quem o atormentava.

Ingenieros diz que toda a psicologia da inveja está sintetizada em uma fábula, digna de incluir-se nos livros de literatura infantil.

“Um ventrudo sapo grasnava em seu pântano quando viu resplandecer no mais alto de uma pedra um vaga-lume. Pensou que nenhum ser teria direito de luzir qualidades que ele mesmo não possuiria jamais. Mortificado pela sua própria impotência, saltou em direção a ele e o encobriu com seu ventre gelado. O inocente vaga-lume ousou perguntar ao seu algoz: Por que me tapas? E o sapo, congestionado pela inveja, apenas conseguiu interrogá-lo: Por que brilhas?”.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Testemunheiros - Por Pr. Caio Fabio.

Pastor Caio Fábio se pronuncia sobre o caso Davi Silva


Caio Fábio é líder do 'Caminho da Graça' e deu seu parecer, sempre autêntico, sobre o caso das mentiras de Davi Silva- líder do ministério 'Casa de Davi'

Por Carlos Lima21/04/2010 12:56h

 CONFISSÃO DE ARREPENDIMENTO COMO PEDIDO DE SALVAÇÃO PARA O MINISTÉRIO! — o vídeo de um irmão chamado Davi Silva.



Nunca antes de hoje eu ouvira falar de Davi Silva; e do Ministério Casa de Davi ouvira umas poucas vezes; de tão longe que me pus de toda essa salada evangélica.

Então, hoje, depois de ficar três meses sem abrir os e-mails, recebi inúmeros links para ver um homem grande, com algum sotaque americano no fundo da fala, e, ao seu lado, um homem magrinho; ambos liam algo, um texto de confissão num teleprompter...

O homem grande falava da centralidade do arrependimento para que venha o reino de Deus...



Depois passou a palavra o homem/magro, chamado Davi...
Davi disse que mentia muito; que fazia assim desde menino; que já fora flagrado antes; mas que agora [insinuando um grande flagrante], aproveitava a oportunidade para se curar e confessar como inventava testemunhos ou os tornava evangelásticos ao extremo...

Pelo que percebi o tal ministério vive de contar histórias, e, quem sabe, também estórias...

Vi também que o grande temor deles [senti que havia também uma vontade sincera em algumas falas do homem grande] — é que o “ministério” sofra com o escândalo das mentiras do Davi.

Assim, mesmo sem nada deles saber [...] vi que lá tudo é fundado em testemunhos de milagres e nas experiências místicas; o que, pela ênfase, invariavelmente leva ao misticismo...

Notei também que eles vivem de “Seminários” e de venda de CDs de “louvores” e de “testemunhos” de milagres...

Daí a angustia ministerial do homem grande quanto a que não se parasse de comprar os testemunhos e os CDs; mesmo os do Davi; e mais: que em breve se fará uma limpa nos CDs a fim de que fiquem somente os testemunhos sem mentira...

Meu Deus!

Lá estava o Davi!... Que para ser curado teve que fazer uma confissão que ele só fez por ser flagrado!...

Pra quê?

Por que apenas não tirar os tais CDs do “mercado”?...

Por que apenas não confessar aos implicados?...

Por que ter que fazer um vídeo?...

Por que insistir na confissão para depois pedir que não deixem de convidar o ministério para viajar levando os Seminários e os CDs?...

Por que apenas não tratar o Davi na intimidade, enquanto alguém apenas contava o que estava acontecendo?... E isso sem depois dizer para continuarem a convidá-los para testemunhar?...

Por que apenas não reconhecer que Jesus não era testemunheiro e que nem tampouco essa é ênfase do Evangelho?

Por que testemunhar curas e milagres e não apenas a Palavra que não mente?

É impossível que se viva de histórias sem que não se caia nas estórias!...

Quem vive de história e estórias é novela...

O Evangelho é testemunho do poder de Deus que fala de si mesmo; e que não precisa de propaganda...

Esses testemunhos quase nunca são testemunhos da Palavra; sendo na maior parte das vezes apenas Propaganda Enganosa de Jesus...

Quando Deus faz, todos vêem!

Daí Jesus nunca mandar que se saísse por aí contando histórias de milagres...

O Evangelho é o milagre e o testemunho!

O resto pode ser História, história ou estória...

História é o poder de tornar versões em fatos...; história é a versão de um homem ou de alguns; e estória é a versão imaginada ou desejada...

A única História que existe [...] não é a História do Homem [que é cheia de versões criadas pelos poderes prevalentes], mas sim a do Filho do Homem!

Espero que o Davi Silva deixe esse ministério testemunheiro, e que viva do Testemunho do Evangelho, e não de casos e de causos...

O Grande Arrependimento que espero que os visite é aquele que daria o fruto de fazê-los deixarem as histórias e viverem para Pregar apenas o que Jesus fez e ensinou!

O resto acontece de passagem... Mas se for o fundamento da pregação [...] será o fundamento da perversão...

Nele, que nunca nos mandou nada além Dele mesmo, e do que Ele fez e ensinou, ainda que em nossas vidas Ele seja poderoso todos os dias,


Caio


20 de abril de 2010

Lago Norte

Brasília

DF

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Inteligência emocional de Neemias.

Luiz Sayão fala sobre a inteligência emocional de Neemias



Bom humor e conhecimento teológico deram o tom da ministração do linguista e hebraísta Luiz Sayão, durante a tarde da última segunda-feira, dia 12, em congresso a bordo do navio MSC Orchestra, atracado na cidade de Ubatuba (SP).

Contextualizando o texto de Neemias à liderança atual, Luiz Sayão falou sobre o homem responsável pela reconstrução dos muros de Jerusalém, no período em que os judeus sobreviventes do exílio na Babilônia voltaram à província e encontraram-na desprotegida.

Atualmente pastor da Igreja Batista Nações Unidas, localizada no conjunto comercial WTC, em São Paulo (SP), Sayão foi coordenador da tradução da Nova Versão Internacional da Bíblia. Antes de iniciar sua palestra, o professor afirmou que o texto sagrado apresenta ensinamentos práticos que podem passar despercebido pelos leitores.

"A palestra do Sayão foi fabulosa, cheia de sabedoria. Ele também trouxe um conteúdo bem jovem. Parece que ele é um adolescente", disse o empresário Paulo de Tarso Hornos, membro da igreja Comunhão Plena, em São Paulo, que assistiu à ministração.

De forma atual, o professor apresentou propostas das Escrituras que podem ser aplicadas à vida de líderes de igrejas e empresas. Confira:

"Liderança em novos tempos'

Antes de abordar o livro de Neemias, Luiz Sayão apresentou ao público presente no teatro do navio conceitos de liderança na sociedade atual.

O palestrante ressaltou que conhecimentos do passado e formas tradicionais para liderar não podem ser aplicados para lidar com o futuro. "Tem gente que está com a realidade do século 17 e 18", afirmou.

Entre os aspectos do velho e do novo paradigma da liderança, Sayão ressaltou que nas novas gestões, a competição foi substituída pela colaboração, o controle pela capacitação, as coisas pelas pessoas, e a uniformidade pela diversidade. "Às vezes eu me preocupo com ministérios que parecem um exército", expôs.



"Liderança se confirma com sucesso"


Sayão apontou que a liderança é confirmada com o sucesso, relembrando que Neemias não era um profeta, sacerdote - posição de destaque na fé do Antigo Testamento, ou nem mesmo um rabino. No entanto, a sua capacidade de liderar poderia ser notada pela função que exercia no reinado de Ataxerxes. Neemias era "copeiro do rei", espécie de conselheiro.

Foi esse cargo de confiança que deu a Neemias o consentimento e apoio do rei para reconstruir os muros de Jerusalém.


"Atenção. Nem todo mundo tem que ser líder. Se todo mundo for cacique, onde estarão os índios?", falou Sayão, em tom bem-humorado.


"Liderança é ter visão e tomar posição"


Para o professor, Neemias não apenas lamentou-se como no capítulo 1:4 - "E sucedeu que, ouvindo eu estas palavras, assentei-me e chorei, e lamentei por alguns dias; e estive jejuando e orando perante o Deus dos céus". O conselheiro orou a Deus e quando teve oportunidade pediu ao rei que permitisse seu afastamento do palácio para ajudar o povo judeu a reconstruir os muros da província.

A liderança, para Sayão, também exige uma "espiritualidade genuína". Neemias orou e admitiu o erro de seu povo: Neemias 1:7- "De todo nos corrompemos contra ti, e não guardamos os mandamentos, nem os estatutos, nem os juízos, que ordenaste a Moisés, teu servo".

"Se eu estivesse no lugar dele estaria chateado. Pensaria: Quem pecou foi meu avô. Assim não vale, não brinco mais", disse o professor.

"Neemias sabe construir pontes adequadas de relacionamento"

Sayão afirmou que o relacionamento que Neemias tinha com o rei expressava uma amizade íntima, a ponto de o governante reconhecer no conselheiro uma expressão de sofrimento. "E o rei me disse: Por que está triste o teu rosto, pois não estás doente? Não é isto senão tristeza de coração; então temi sobremaneira" - Neemias 2:2.

Para demonstrar a importância dos relacionamentos de um líder, o palestrante citou trecho do livro "O monge e o executivo", de James Hunter: "Tudo na vida gira em torno de relacionamentos com Deus, conosco, com os outros. Famílias, equipes, igrejas, negócios e vidas saudáveis falam de relacionamentos saudáveis. Os líderes verdadeiramente grandes têm a capacidade de construir relacionamentos saudáveis".

"Eu conheço gente que liderando parece um zagueiro argentino de Cristo", brincou Sayão, evidenciando que além de visão e paixão pela obra, Neemias possuía inteligência emocional.

Manter o foco

"O que ouvindo Sambalate, o horonita, e Tobias, o servo amonita, lhes desagradou extremamente que alguém viesse a procurar o bem dos filhos de Israel". A passagem de Neemias 2:10 revela que o líder passava por um momento de crise em sua obra.

Luiz Sayão destacou que, no entanto, Neemias manteve-se firme em seu propósito e permaneceu trabalhando, mesmo ridicularizado e desprezado.

O pastor apontou ainda que muitas pessoas não conseguem realizar um projeto por não haver organização e planejamento, como teve Neemias no capítulo 4:16 "E sucedeu que, desde aquele dia, metade dos meus servos trabalhava na obra, e metade deles tinha as lanças, os escudos, os arcos e as couraças; e os líderes estavam por detrás de toda a casa de Judá. (17) Os que edificavam o muro, os que traziam as cargas e os que carregavam, cada um com uma das mãos fazia a obra e na outra tinha as armas. (18) E os edificadores cada um trazia a sua espada cingida aos lombos, e edificavam; e o que tocava a trombeta estava junto comigo".

"Planejamento e trabalho organizado também é obra de Deus", disse Sayão, abordando a disciplina necessária nos compromissos ministeriais.

Espírito de Servo

O palestrante apresentou o conceito de poder e autoridade segundo Max Weber. Para o sociólogo alemão, o poder é exercido quando alguém, dentro de uma relação social, está em posição que favoreça com que o outro exerça sua vontade. Já a autoridade, representa para Weber uma forma legítima de poder. É a habilidade de levar as pessoas a fazerem naturalmente sua própria vontade por sua influência pessoal.

Citando Neemias 5:14 - "Também desde o dia em que me mandou que eu fosse seu governador na terra de Judá, desde o ano vinte, até ao ano trinta e dois do rei Artaxerxes, doze anos, nem eu nem meus irmãos comemos o pão do governador"; Sayão destacou que Neemias priorizava aqueles que estavam em posição social inferior a dele, e por isso foi bem-sucedido.

O professor chamou a atenção dos líderes presentes no teatro, apontando que a sociedade atual tem como sustentação de sua economia o tráfico de armas, pessoas e drogas. "O que mexe com a gente não é almoçar no Fogo de Chão ou nem mesmo estar em um cruzeiro, mas a desgraça de uma sociedade que se afastou de Deus", falou emocionado.

Em entrevista ao GUIAME.com.br, a advogada carioca Patrícia Figueiredo Simões contou que a palestra de Luiz Sayão foi útil para sua vida pessoal e ministerial. Bacharel em Teologia, Patrícia lidera o ministério de ação social de sua igreja. "É perfeito unir o lado do estudo bíblico com o dia-a-dia, com o que a gente lida, tudo o que a gente tem que estar por dentro para poder chegar a um objetivo comum", expôs.

O CIT 2010 acontece de 9 a 13 de abril, a bordo do navio MSC Orchestra, partindo do porto de Santos (SP), passando pela capital carioca e fazendo mais duas paradas no estado do Rio de Janeiro: Búzios e Ilha Grande.

O evento, organizado pela agência de viagens Lexus Turismo, reúne músicos e palestrantes reconhecidos internacionalmente para louvor e discussão de temas bíblicos.

Por Adriana Amorim

Fotos: Marcos Corrêa

Fonte: GUIAME.com.br

quinta-feira, 15 de abril de 2010

PASTOREANDO COM AMOR.



                            Nestes três anos pastoreando a Igreja Cristã Restauração & Vida, tenho tido a oportunidade de viver grandes experiências com Deus e com homens, e isso tem nos servido de grande aprendizado, que de alguma forma temos tentado compartilhar com toda a igreja.


                           Aprendi que amar vale a pena sempre, e que investir em vidas sempre será mais honroso que investir em coisas, aprendi através de experiências, que pastorear é mais que simplesmente liderar, é compartilhar dos sonhos e desafetos, é ficar acordado quando todos dormem é continuar acreditando quando todos já desistiram é levar nos ombros montanha acima aqueles que já perderam as forças.

                           Com esta igreja eu aprendi que sozinho não vamos a lugar nenhum e que a união não gera somente força para caminharmos, mas que a união é a força capaz de mover os braços de Deus em nosso favor.


                            Foram três anos aprendendo a amar a Deus e ao nosso próximo, agora já estamos dando os primeiros frutos quando Deus nos levou a viver e propagar O VALOR DE UMA ALMA.


                           Com tudo isso eu só posso dizer; muito obrigado Senhor, por ter escolhido esse povo para fazer parte da minha história de vida e junto irmãos e amigos continuar aprendendo a adora-lo e servi-lo cada vez mais e melhor.


                           Parabéns I.C.Restauração & Vida, que Deus continue a usar a cada um de nós como um instrumento de restauração de vidas para gloria de Deus.


                                             A Deus toda honra e toda gloria.


                                                         Pr.Abimael Alves.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

O DECLINIO DE UMA IGREJA.

O declínio de uma igreja passa por cinco estágios nem sempre fáceis de perceber


Um pouco antes de terminar meus estudos em teologia, fui convidado para pastorear uma congregação no sul do Illinois, nos Estados Unidos. Aquele foi meu primeiro grande despertamento para as realidades da liderança pastoral – e uma experiência um tanto desconfortável. As habilidades ou dons que levaram a congregação a me convidar a ser seu líder espiritual foram, provavelmente, meu entusiasmo, minha pregação e minha aparente habilidade – mesmo sendo ainda jovem – em alcançar pessoas e fazê-las sentirem-se cuidadas.

O que não havia sido mencionado era o fato de aquela congregação estar desiludida devido a uma terrível divisão provocada pelo pastor anterior, que encorajou um grupo de cem pessoas a sair com ele para formar outra congregação. E bastaram apenas alguns meses para que eu percebesse que entendia muito pouco sobre liderar uma organização com aquele tamanho e complexidade, e ainda por cima, tão ferida. Com meus 27 anos, eu estava completamente perdido. Passara meus anos no seminário pensando que tudo que alguém precisava para liderar era uma mensagem carismática e uma visão encorajadora, e tudo o mais na vida da igreja seria perfeito. Ninguém havia me falado sobre grupos a serem dirigidos, equipes esperando resultados e congregações precisando ser curadas. Há quem tenha bom conhecimento de como conduzir uma comunidade cristã. Eu não tinha.

Geralmente, quando se entra num processo de crescimento descontrolado de uma organização, abandonam-se os princípios sobre os quais ela foi constituída

Foi naqueles dias de angústia que fui apresentado ao meu primeiro livro de liderança organizacional, The Effective Executive (“O executivo eficiente”), de Peter Drucker. Ali, percebi como as pessoas estão dispostas a alcançar objetivos que não podem ser atingidos. Aquele livro, provavelmente, me livrou de um nocaute no primeiro round em minha vida como um pastor. Desde aquela época, mais de quarenta anos atrás, incontáveis outros autores tentaram aprimorar os insights de Drucker. E nenhum deve ter tido mais sucesso nessa tarefa quanto Jim Collins. Não sei se ele tinha pessoas como eu em sua mente quando ele escreveu seus livros, mas muitos de nós, engajados ou não no trabalho pastoral, aprendemos muito com ele.

Recentemente, Collins e seu grupo de pesquisadores escreveram uma obra menor, com o nome How the Mighty Falls (ainda sem titulo em português), que segundo ele começou como um artigo e terminou como um livro. Collins afirma que foi inspirado em uma conversa durante um seminário, no qual alguns poucos líderes de setores tão diversos como o militar e o de empreendimentos sociais reuniram-se para explorar temas de interesse comum a todos. O tema era a grandeza da América e os riscos desse gigantismo. O receio geral era de que o sucesso encobrisse o perigo e os alertas do declínio. Saímos de lá pensando em como seria possível perceber que uma organização aparentemente saudável enfrentava sérios problemas.

Um indício claro de declínio é desencadeado quando líderes ignoram ou minimizam informações críticas, ou se recusam a escutar aquilo que não lhes interessa

Parece ser cada vez mais real o fato de que grande parte dos líderes desconhece o problema vivido na sua organização. Em seu livro, Collins identifica cinco estágios no processo de derrapagem de uma instituição. O primeiro é a autoconfiança como fruto do sucesso. “Prestamos um desserviço a nós mesmos quando estudamos apenas sobre o sucesso”, afirma Collins. Uma pesquisa e análise acerca de empreendimentos, até mesmo na literaturas de liderança eclesiástica, mostra que poucos livros investigam as raízes do fracasso. Parece que existe no segmento cristão a presunção de que o sucesso é inevitável, razão pela qual não se torna necessário considerar as possíveis consequências de uma queda.

A confiança exagerada em si mesmos, nos sistemas que criam ou na própria capacidade para resolver tudo faz com que os líderes não enxerguem seus pontos de fraqueza. Subestimar os problemas e superestimar a própria capacidade de lidar com eles é autoconfiança em excesso. A ganância e a busca desenfreada por mais é outra das principais situações que derrubam um grupo ou organização. Geralmente, quando se entra nesse processo descontrolado, abandonam-se os princípios sobre os quais a entidade foi constituída.

A busca pelo crescimento exagerado é o segundo estágio que antecede a derrocada, seja de uma organização secular ou de um ministério cristão. Muitos líderes tornam-se cegos pelo êxtase do expansionismo. Constantemente surge uma necessidade em tais líderes de mostrarem-se capazes, e eles não conhecem outra forma de fazer isso que não seja tornando seus empreendimentos maiores, independente das consequências. É a incessante idéia de que tudo tem que crescer e crescer. Todavia, impressiona o fato de que a cobrança de Jesus aos seus discípulos estivesse relacionada à necessidade de fazer novos discípulos, e não de construir grandes organizações. Ele parecia saber que discípulos bem treinados em cada cidade e povoado dariam conta de conduzir o movimento cristão de forma saudável. Talvez Jesus temesse exatamente o que está acontecendo hoje: a sistematização do movimento cristão, sua centralização e expansão tão somente para causar uma impressão.

O terceiro estágio de declínio identificado por Collins é desencadeado quando líderes e organizações ignoram ou minimizam informações críticas, ou se recusam a escutar aquilo que não lhes interessa. A negação dos riscos é um perigo iminente – e riscos não levados a sério são justamente aqueles que, posteriormente, causam grandes estragos na organização. É preocupante, para Collins, quando organizações que baseiam suas decisões em informações inadequadas. Em meu ministério de liderança, cedo aprendi a temer conselhos que começam com expressões como “Estão dizendo” ou “O pessoal está sentindo”. Prefiro valorizar dados precisos, vindas de pessoas confiáveis, sábias, que se engajam na tarefa de liderar a comunidade com sensatez. Isso nos possibilitou caminhar ao lado de gente que jamais imaginávamos que caminharia conosco. Nada me foi mais valioso do que receber, delas, informações que me ajudaram a conduzir minha congregação.

O estágio quarto começa, escreve Jim Collins, “quando uma organização reage a um problema usando artifícios que não são os melhores”. Ele dá como exemplo uma grande aposta em um produto não consolidado, o lançamento de uma imagem nova no mercado, a contratação de consultores que prometem sucesso ou a busca de um novo herói – como o político que vai salvar a pátria ou o executivo que em três meses vai tirar a empresa do buraco. Eu me lembro de épocas nas quais eu estava desesperado por vitórias que fariam com que minha igreja deixasse de caminhar na direção em que estava caminhando – para o abismo. Ao invés de examinar o que nossa congregação fazia nas práticas essenciais de serviço ao povo, centrada no serviço a Cristo, fui tentado a me concentrar em questões secundárias: cultos esporádicos de avivamento, programações especiais, qualificação de nossa equipe de funcionários. Hoje eu vejo o que tentei fazer: promover salvação de vidas através de publicidade, uma grande apresentação o um excelente programa. Graças a Deus, aprendi – assim como aqueles ao meu redor – que artifícios assim não funcionam. O que funciona é investir em pessoas, discipulá-las, conduzi-las a Jesus e adorá-lo em espírito e em verdade, fazendo com que as coisas estejam em seu devido lugar.

Collins menciona ainda o estágio cinco da decadência, que é o da rendição. Se as coisas saem do eixo organizações como igrejas tendem a perder a fé e o espírito. Penso que o templo em Jerusalém deve ter ficado dessa forma quando Jesus se retirou de lá e disse que não voltaria àquele lugar. Ele estava antecipando o dia, que estava por vir, quando não restaria pedra sobre pedra ali. Não muito tempo atrás, eu estava em frente ao templo de uma igreja no País de Gales. Na porta, estava a seguinte placa: “Vende-se”. Uma outra placa indicava que aquele prédio havia sido construído no período do grande avivamento britânico, no século 18. Agora, o prédio estava escondido entre a vegetação, completamente abandonado.

Quando começa a morte de uma organização? Quem perdeu os sinais que indicam vida? Quem abandonou os princípios essenciais? Quem não entendeu as informações? Quem está correndo, completamente perdido no meio da multidão, sem saber pra onde ir? Essas são boas perguntas. Se ignoradas, a igreja cairá.

Gordon MacDonald é editor da revista Leadership

First published in Leadership Journal, copyright © 2010.

Used by permission, Christianity Today International

Tradução: Daniel Leite Guanaes

terça-feira, 13 de abril de 2010

Tenho medo desse tipo de gente...

Tenho medo de gente que se acha dono da verdade.
Tenho medo de gente que nunca pede perdão.
Tenho medo de gente que sempre aponta o pecado do outro, sem nunca olhar para si mesmo.
Tenho medo de gente que se acha mais santo que todos.
Tenho medo de gente mentirosa.
Tenho medo de gente que não sustenta encima do telhado o que falou nos porões.
Tenho medo de gente que suas atitudes desmentem suas palavras.
Tenho medo de gente que não tem amizades duradoras.
Tenho medo de gente que não tem coragem de olhar nos olhos quando fala.
Tenho medo de gente que aconselha pessoas, mas nunca concerta a sua própria vida.
Tenho medo de gente que para perdoar precisa antes provar que estava certo.
Tenho medo de gente....

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Ela não sabe quem eu sou... mas....

Com um curativo em sua mão, na qual havia um profundo corte Antônio, muito apressado pediu urgência no

atendimento, pois tinha um compromisso.

O médico doutor Evandro que o atendia, curioso perguntou o que tinha de tão urgente para fazer.

O simpático Antônio lhe disse que todas as manhãs ia visitar sua esposa que estava em um abrigo para idosos, com mal de Alzheimer muito avançado.

O médico muito preocupado com o atraso do atendimento disse:

- Então hoje ela ficará muito preocupada com sua demora?

No que o senhor respondeu:

- Não, ela já não sabe quem eu sou.

Há quase cinco anos que não me reconhece mais.

O médico então questionou:

- Mas então para quê tanta pressa, e necessidade em estar com ela todas as manhãs, se ela já não o reconhece mais?

Antônio então deu um sorriso e batendo de leve no ombro do médico respondeu:

- Ela não sabe quem eu sou... Mas eu sei muito bem quem ela é!

Doutor Evandro teve que segurar suas lágrimas enquanto pensava...

O verdadeiro AMOR, não se resume ao físico, nem ao romântico.

O verdadeiro AMOR é aceitação de tudo que o outro é...

De tudo que foi um dia... do que será amanhã... e do que já não é mais!

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Chacoalhando pontes....!!!!

Conta-se que um camundongo atravessou uma velha ponte nas costas do elefante. No meio do trajeto, a ponte começou a balançar e o perigo de um acidente trágico parecia iminente. O desastre seria fatal. A morte, uma conseqüência inevitável. Mas, enfim, conseguiram alcançar o outro lado, salvos e seguros. O camundongo olhou para o elefante e disse: "Rapaz, como nós chacoalhamos aquela ponte, hein!" Quando andamos com Deus nos sentimos como um camundongo, mas com a força de um elefante; e depois de atravessarmos as águas turbulentas da vida, depois de cruzarmos os abismos perigosos da jornada, podemos dizer; "Deus, nós chacoalhamos aquela ponte, hein!"



Continue chacoalhando pontes.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Essa tal felicidade.


_Abimael Alves.

Felicidade sentimento ou estado de espírito?

Sentimento que alegra o coração e aformoseia o rosto.

Estado alvissareiro que reluz como uma estrela em noite escura.

Felicidade e algo que insiste em morar na casa de alguns, visitar o coração de poucos, e foge dos desafortunados.

Felicidade: Será que ela existe de verdade?

Ou é história de condão retirada de um opúsculo infantil.

Felicidade, brinquedo que não se pode tocar e nem se pode comprar, mas se pode sonhar, desejar, esperar e confiar.

Felicidade: Se é sentimento não sei, se é estado de espírito não me importo, mas uma coisa eu sei!!!

Ela e como criança travessa que gosta de se esconder, só para ser granjeada, e quando é encontrada, pula, grita, abraça, ri, finge que ficou triste, mas na verdade tudo que ela quer é ser encontrada, pois ela só encontra vida no coração do homem.

Não canse de esperá-la, nunca pare de prucurá-la.

Nunca deixe de sonhar com essa tal felicidade.

Saudades.




Saudade: Dói e não se sabe onde.


Saudade: Vazio que a gente tenta preencher e não consegue.


Saudade: Sentimento perverso, que briga com a nossa alegria.


Saudade: Desejo de ver e abraçar, quem conosco já não está.


Saudade: Nos leva de volta a infância, e nos faz querer voltar
a ser criança, quando a morte era apenas uma brincadeira sem importância.


Saudade: Sentimento amargo e seco, que vem e não quer ir
embora.


Saudade: Borbulha dentro do peito e transborda nos olhos como
lava quente de um vulcão, que teima em mostrar a sua força.


Saudade: Dor que os médicos não podem curar, que o tempo
não pode apagar.


Saudade: Sentimento que nos fortalece e nos faz lutar, para poder
um dia estar onde Deus está, pois é lá neste lugar especial
que a minha mamãe está.




Dedico este pequeno poema a mulher mais forte que eu já conheci,  que amou seus filhos somente por serem seus filhos.


Auzemia Alves da Silva
1934 - 2005

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Tanto amor.

Pr. Abimael Alves.

Agradeço a Deus por me amar tanto assim.

Nada fiz para merecer tanto amor.

Ele me deu sensibilidades poéticas, que me faz ver o amor onde outros não conseguem.

Sou grato por ainda chorar em reencontros e partidas.

Ele me ensinou a perdoar só para não perder o amigo, pois do que vale ter razão e perder um
amigo.

Esse amor me faz querer subir cada vez  mas alto, mas, sem nunca deixar para traz quem um dia me estendeu as mãos.

Ele me deu um coração que não sabe guardar mágoas ou ressentimentos.

A cada dia desejo mais e mais viver em paz com Deus e com meus irmãos, porque o que se leva dessa vida não são as justificativas, mas, sim o amor, só ele será cobrado por Deus.

Com Ele tenho aprendido que “Um coração quebrantado Ele não despreza”.

Dia a dia, esse amor me faz entender que o amor e o perdão abrem
as portas que o ódio e os ressentimentos fecharam e que Amar ainda é o melhor remédio para a alma.

AMAR SÓ SE APRENDE AMANDO chorou o poeta.

Por pura graça o Senhor me amou tanto assim.

A Deus toda honra e toda gloria.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Porões da igreja.



        Pr. Abimael Alves.


Sexta-feira: Acusado, julgado, condenado, crucificado.
Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem.

Sábado: Um sepulcro, um corpo envolto em panos, uma pedra.
O filho do Homem será entregue nas mãos dos homens e mata-lo-ão.

Domingo: Uma promessa, a alegria está de volta, o Deus verdadeiro.
Por que buscais o vivente entre os mortos? Não está aqui, mas ressuscitou...


O cristianismo moderno tem tentado maquiar o cerne do cristianismo primata, estão tirando a cruz, estão tirando o sacrifício vicário, estão esquecendo que Cristo ressuscitou e que ele vai voltar para buscar
a sua noiva, que deve ser imaculada.

Trocaram cruz por holofotes, sucesso, poder, técnicas de crescimento e incentivo ao consumismo.

O sacrifício só é lembrado na hora de pedir grande ofertas em dinheiro, o sangue inocente se transformou
em envelopes impiedosos.

A volta de Cristo se transformou e utopia, em conto da carochinha, para que todos possam realizar os
seus sonhos mesquinhos, já não se ouve mais maranata - O Senhor vem.

Hoje infelizmente muito levaram a noiva (igreja) a se prostituir, ela já não serve mais somente ao noivo (Cristo), ela se prostitui com políticos, com empresários, com cantores que querem se promover e ainda cobram cachês exorbitantes, se prostitui com pregadores que não passam de déspotas que tem no coração somente o desejo de se locupletarem e encherem os bolsos, engodando a todos sem dó nem compaixão.

A igreja pela qual Cristo entregou a sua vida, hoje, cheira mal, está cheia de cadáveres, pessoas que
foram mortas por causa palavras que foram proferidas em nome de Deus.
A cada novo suposto congresso de avivamento, a cada encontro de adoradores extragantes, a cada abala São Paulo, mais e mais pessoas são levadas a fazerem o que líderes os persuadem a fazer e depois de alguns dias a maioria passa a fazer parte da lista dos que foram jogados nos porões das igrejas como algo que se usou e agora já não serve mais.



A minha oração é: Senhor que nessa páscoa nós possamos nos sentir como a noiva amada, que ansiosamente é esperada por ti,  que possamos trazer de volta a cruz e sangue paro os nossos cultos,  e dos nossos lábios o Senhor possa ouvir novamente maranata " VEM SENHOR JESUS.

A Deus toda honra e toda gloria.